Região Metropolitana de BH pode ter racionamento de água em 4 meses

04/03/2015

Durante evento com empresários, governador de Minas Gerais afirma que, se não houver economia, poderá faltar água na região.

O governador Fernando Pimentel afirmou nesta terça-feira
(3/3), durante evento com empresários que se não houver economia e redução do
consumo, a Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH) ficará sem água dentro
de quatro meses. Segundo a Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa), os
reservatórios que abastecem a região estão em média com uma capacidade de 30%
de armazenamento de água, volume que garante o consumo pleno por, no máximo,
quatro meses.

“Se não mudarmos os hábitos de consumo, se não
conseguirmos aumentar a captação, ou seja, se não chover, mantida a capacidade
atual de reservação de água, vamos ter que racionar daqui a três, quatro
meses”, afirmou Pimentel em pronunciamento no auditório da Federação das
Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg).

No fim de janeiro, o Governo Estadual pediu que os
consumidores mineiros reduzissem em 30% o consumo de água para evitar o
agravamento da situação hídrica. Balanço divulgado pela Copasa nesta
terça-feira mostra que, em um mês, a redução do consumo no estado foi de 7,4%
em comparação com o mesmo período de 2014. Na RMBH, a economia foi de 9,4%,
ainda insuficiente para evitar um colapso no abastecimento da região.

Segundo a empresa, caso o índice atual de redução
no consumo da Região Metropolitana de Belo Horizonte não alcance os 30% e o
volume de chuvas de 2015 não superar o de 2014, a previsão é de que o Sistema
da Bacia do Paraopeba, que abastece a RMBH, entre em colapso entre junho e
julho.

Sobretaxa

Para evitar a falta de água, o governador disse que
o Estado aguarda uma autorização da Agência Reguladora de Serviços de
Abastecimento de Água e de Esgotamento Sanitário do Estado de Minas Gerais
(Arsae) para sobretaxar quem tiver um consumo acima da média do ano passado. Segundo
ele, a proposta é trabalhar para que não haja racionamento. A sobretaxa seria aplicada
a quem gastar acima da média do ano passado.

 

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