13/04/2011
Reunião apresenta resultados de recuperação de margens em trecho do Rio das Velhas
No
último sábado, dia 9, o Projeto Manuelzão oficializou
a conclusão da segunda etapa de recuperação da vegetação de um
trecho do Rio das Velhas no bairro Beija-Flor, próximo à ponte que
liga Belo Horizonte à Sabará. As intervenções foram feitas pelo
Programa
de Recuperação de Matas Ciliares da Bacia do Rio das Velhas, uma
parceria entre o Manuelzão e o Departamento de Botânica da UFMG.
Em
uma reunião realizada na Escola Municipal Irene Pinto, os
pesquisadores apresentaram o processo e resultados da recuperação,
além de incentivarem cuidados com a área.
Segundo
a coordenadora do Programa, Maria Rita Scotti Muzzi, foi a
comunidade quem procurou o Projeto para a recuperação da área. O
local sofria deposição de areia e inundações. O projeto para a
recuperação do trecho foi desenvolvido em parceria com o
Departamento de Engenharia Hidráulica da UFMG. A margem direita foi
rebaixada e revegetada com espécies próprias para suportarem
inundação. O objetivo era diminuir a pressão sobre o talude
(encosta do rio). Na margem esquerda foi feito o rebaixamento,
preenchimento da base do talude, construção de espigões de pedra
para a redução da velocidade da água e revegetação do local.
Antes a erosão na base da encosta era de 8 metros, o que ameaçava
casas da Rua dos Moreiras, no bairro Beija-Flor.
Eficiente
e barato
Maria
Rita ressalta que a inovação
tecnológica no processo de recuperação foi usar resíduos de
materiais de construção para o preenchimento das bases do talude, o
que reduziu os custos da intervenção. Os espaços entre os resíduos
foram preechidos com areia pelo próprio Rio. “Depois dessa
intervenção, nós já sofremos duas enchentes e ele [o talude] está
perfeito, sem nenhuma erosão”, destaca Maria Rita. Para a
professora, o reconhecimento das ações do Programa pela comunidade
foi o sinal de um bom trabalho.