Reunião entre comunidade e poder público salva Parque do Brejinho

09/07/2014

Segundo denúncia, as obras do Parque Brejinho estavam sendo realizadas, porém a população e o meio ambiente seriam altamente prejudicados.

O Parque
Ecológico do Brejinho, que fica na região Norte de Belo Horizonte, e
deveria ser a realização de um sonho antigo de moradores e ambientalistas, se
tornou atualmente um problema para a população local. A conquista que tem sua
história construída desde 1997, e que foi contemplada com uma verba de R$ 2,25
milhões, do Orçamento Participativo Digital, preocupa moradores, sociedade e a
coordenação do Projeto Manuelzão  que
perceberam nas propostas atuais, muitas mudanças e a construção de uma planta
que não representa o que foi acordado com a atual administração municipal.

 
 

Devido a esses
problemas, se reuniram na Prefeitura Municipal de Belo Horizonte, no dia 3 de
julho, o secretário municipal de governo da prefeitura da capital, Josué Costa
Valadão, o secretário
Municipal Adjunto de Meio Ambiente, Vasco Oliveira de Araújo, o Secretário de Administração Regional Municipal Pampulha, Humberto
Pereira de Júnior,
Ricardo Aroeira, representante da Superintendência de Desenvolvimento da Capital (Sudecap), o coordenador do Projeto
Manuelzão, Marcus Vinícius Polignano e integrantes dos Núcleos Brejinho,
Cascatinha e Engenho Nogueira para discutirem a situação da construção do
Parque e esclarecimentos sobre as propostas do projeto apresentado em relação a
preservação ambiental e  a construção das
áreas sociais que envolvem o projeto e é questionado pela sociedade.

De acordo com o
professor Marcus Vinícius Polignano, a constante luta dos moradores desde que
foi acionado o Ministério Público, questionando a obra e protocolado um ofício
na prefeitura para se achar um espaço de diálogo surtiram efeitos positivos.


“Finalmente na
reunião a Sudecap apresentou um projeto requalificando a área destinada ao
parque. Assim foram preservadas as questões ambientais e o espaço social destinado
à comunidade local. Ficou acordado também uma pactuação definitiva e com isso, nós:
sociedade e o poder público, chegamos a um consenso de que a proposta apresentada
era equivocada e precisava de mudanças sérias e urgentes. Com a reunião, conseguimos
apresentar e esclarecer todos os pontos discordantes e aprovar a deliberação da
comunidade para posterior reinício das obras”, esclarece Polignano.   

“Essa é uma
conquista importante e fundamental para que o parque seja construído com o aval
e a participação de todos”, disse ao revelar que a reunião e os encontros
pró-Brejinho, fazem parte do movimento de mobilização pela implantado do Parque
e com ele, a preservação do Córrego São Francisco.

História do movimento

A história do
movimento de luta ambiental e a implantação do parque local, é marcada pela
mobilização da comunidade da região dos núcleos Brejinho, Cascatinha e Engenho
Nogueira que apresentam inúmeras propostas em prol da preservação de cinco
nascentes na região e a obtenção de um espaço de lazer e socialização, uma das
carências do local.

Projeto

O projeto
condicionante da Sudecap para a implantação do Parque Brejinho foi
contratado à empresa URBE consultoria. De acordo com os integrantes dos Núcleos,
em sua elaboração as propostas apresentadas pelos órgãos responsáveis pela elaboração
da obra, não teria sido levado em consideração às nascentes, plantas, o brejo e
as árvores que foram plantadas há alguns anos. Por isso, a reunião e toda a preocupação
dos movimentos pró-Brejinho.

 A área de
atuação do Núcleo Brejinho corresponde à microbacia do córrego São
Francisco que abrange os bairros Indaiá, Liberdade (próximo ao campus Pampulha
– UFMG), Jaraguá, Santa Rosa, Aeroporto, São Francisco, Dona Clara e Universitário,
todos localizados no baixo Engenho Nogueira. 

Em
sua extensão, a microbacia sofre problemas graves como nascentes que
correm o risco de desaparecer e poluição das águas, não apenas pelo esgoto
doméstico, mas também industrial. As sete nascentes do córrego São Franscico,
que é afluente do Engenho Noguei­ra, localizam-se no “Brejinho” e eram muito
visitadas pelas escolas da região que se preocupam com o futuro da bacia. 

 

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