Revista Manuelzão 92, novo ciclo de lutas!Projeto Manuelzão

Revista Manuelzão 92, novo ciclo de lutas!

15/02/2023

A primeira edição do ano vem energizada pelo fim do ciclo federal de graves ataques à democracia, mas atenta ao cenário muito mais áspero na esfera estadual

Finalmente, começou 2023! A democracia venceu, mas teremos uma longa caminhada rumo à superação das dificuldades econômicas e das desigualdades sociais, na busca por um desenvolvimento sustentável. A preponderância do poderio econômico sobre os interesses sociais e ambientais desta e das futuras gerações ainda é o grande paradigma a ser combatido.

É preciso reconhecer o sinal positivo que vem do governo federal com a estruturação do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima, além da criação do Ministério dos Povos Indígenas. De início, uma série de medidas do governo anterior foram revogadas, felizmente. Um passo que deve ser seguido pela efetivação de diversas outras ações para consolidar a questão ambiental como transversal a todas as outras agendas governamentais.

A nível estadual, entretanto, o cenário é muito mais áspero. Nesta edição, abordamos a forte influência da mineração nas decisões tomadas pelo governo do estado, lembrando inclusive do enfraquecimento da participação social democraticamente eleita nos conselhos de política ambiental e de recursos hídricos em Minas Gerais para atender interesses empresariais.

Janeiro Marrom nunca deixará de ser um mês doloroso para mineiras e mineiros. Nesta edição trazemos um panorama sobre como está a vida e a luta das pessoas atingidas pelo rompimento da barragem da Vale sobre o Rio Paraopeba, em 2019. Além de detalhar dados preocupantes do acompanhamento dos dados relativos à presença de rejeitos na bacia do Rio Doce, ainda hoje, sete anos após o rompimento da barragem de Fundão, da Samarco-Vale-BHP Billiton.

Esta edição da nossa revista Manuelzão marca ainda o início de um novo ciclo de lutas. Em 2022, comemoramos os 25 primeiros anos de vida e de luta do Projeto. Nas próximas páginas, você poderá saber como os Núcleos Manuelzão continuam atuando como uma potente rede em defesa das bacias hidrográficas e da biodiversidade em sua plenitude nos rios das Velhas, Paraopeba e São Francisco.

Falando em mobilização e empoderamento social, está de volta, em sua segunda fase e a pleno vapor, o Cultivando Águas. O projeto, que agora chegará ao Paraopeba, une autonomia comunitária à segurança hídrica por meio da construção de cisternas e do compartilhamento de saberes sobre essa tecnologia social. Também segue firme a parceria entre Manuelzão e o Programa Socioambiental de Proteção e Recuperação de Mananciais (Promanancias) da Copasa na bacia do Velhas.

O encerramento de um ciclo político com graves ataques à democracia em nosso país favorece a reestruturação das instituições e dos movimentos socioambientais, o que nos energiza para seguirmos na luta, acreditando que a mobilização pode realmente transformar a realidade. Venha com a gente neste ano e nos próximos tantos!

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Boa leitura!

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