Ricardo Salles um ministro que não é do ambiente - Projeto ManuelzãoProjeto Manuelzão

Ricardo Salles um ministro que não é do ambiente

27/05/2020

Marcus Vinícius Polignano, coordenador geral do Projeto Manuelzão, comenta a atuação do Salles e ressalta que, do ponto de vista ético e legal, o ministro não deve ocupar o cargo no Meio Ambiente

Depois de desmontar o Conselho Nacional de Meio Ambiente (CONAMA), intervir no ICMBIO, fazer vistas grossas ao desmatamento da Amazônia, Ricardo Sales afirmou textualmente a que veio. Durante reunião ministerial de 22 de abril, Sales afirmou que era preciso aproveitar a “oportunidade” que o governo federal ganhava com a pandemia do novo coronavírus para “ir passando a boiada e mudando todo o regramento e simplificando normas”.

Ele disse que a cobertura da imprensa focada em covid-19 daria “um pouco de alívio” para a adoção de reformas infralegais de desregulamentação e simplificação. “Estamos nesse momento de tranquilidade no aspecto de cobertura de imprensa. Só se fala de covid”. A tranquilidade que se refere o ministro já causou mais de 20.000 mortos.

Ricardo Sales, condenado por improbidade administrativa, que usa o sofrimento e a morte das vítimas da pandemia para avançar de forma violenta com uma política de destruição e de forma deliberada, dolosa e declarada, e atenta contra a própria pasta não tem moral para ocupar o mais alto cargo ambiental do país.

Por todos estes motivos entendemos que do ponto de vista ético e legal ele não pode e não deve ocupar o ministério do meio ambiente, que tem a incumbência de garantir o que está explicito no art. 225 da constituição federal que afirma que “todos tem o direito fundamental ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações”.

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