Rio Doce agoniza com os rejeitos

11/11/2015

O rio que já agoniza e, como os rios brasileiros, enfrenta historicamente a poluição por esgoto, assoreamento e desmatamento enfrenta agora essa onda de lama liberada pelo rompimento de barragens da Samarco, em Mariana.

Os rejeitos do rompimento da barragem em Mariana, já chegam
ao rio Doce e deixa um dos mananciais já castigados pela degradação e a
superexploração ainda mais debilitado. Segundo especialistas, são milhões de
metros cúbicos de rejeitos de mineração, entulho, galhos, sujeira, animais e
peixes mortos.

O rio que já agoniza e, como os rios brasileiros, enfrenta
historicamente a poluição por esgoto, assoreamento e desmatamento enfrenta
agora essa onda de lama liberada pelo rompimento de barragens da Samarco.

A habitual cor do rio deu lugar a tons de marrom e
vermelho-escuro, de aspecto denso, por causa do minério. O cheiro forte do
barro com reagentes químicos piorou nos últimos dias, devido aos animais
mortos, como cavalos e capivaras, que não conseguiram escapar da força da
avalanche e agora se misturam ao rastro de destruição nas margens.

A prefeitura de Governador Valadares interrompeu
completamente o funcionamento das bombas de captação no Rio Doce, que abastecem
280 mil pessoas. A prefeita Elisa Maria Costa (PT) solicitou da Samarco,
responsável pelo desastre, 80 caminhões-pipa para suprir a demanda por 800 mil
litros de água por dia, exclusivamente para locais prioritários, como creches,
escolas, postos de saúde e hospitais.

Setor produtivo

Os problemas para os ribeirinhos não foram menores. Ao longo
do curso d’água há muitas comunidades que vivem da agricultura e que precisam
do rio para produzir. Além disso, há comunidades indígenas.

Espírito Santo

Enquanto a mancha de lama varre o curso do Rio Doce ainda em
Minas Gerais, autoridades capixabas tomam providências para tentar minimizar os
impactos da passagem dos resíduos por cidades como Baixo Guandu, Colatina e
Linhares. A Defesa Civil do estado vizinho já removeu comunidades ribeirinhas
das margens do rio em Colatina.

 

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