Riqueza do Parque Nacional da Serra do Gandarela será discutida na ALMGProjeto Manuelzão

Riqueza hídrica e socioambiental do Parque Nacional da Serra do Gandarela é tema de audiência na ALMG

05/07/2024

Parlamentares e especialistas debatem com a sociedade sobre cadeia de montanhas crucial para o abastecimento da Grande BH e para a preservação da biodiversidade

Vista da Cachoeira do Viana, na Serra do Gandarela, no município de RIo Acima. Foto: Paulo Baptista.

A Comissão de Meio Ambiente da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) realiza nesta segunda-feira, 8, uma audiência pública sobre a relevância hídrica e socioambiental do Parque Nacional (Parna) da Serra do Gandarela e região. A audiência, solicitada pela deputada Bella Gonçalves (Psol), tem início às 9h no Auditório José Alencar.

O Parna da Serra do Gandarela foi criado por decreto presidencial em outubro de 2014. Trata-se de uma importante área de conservação ambiental que constitui a borda oeste do chamado Quadrilátero Ferrífero-Aquífero, a cerca de 40 quilômetros de Belo Horizonte. Única cadeia de montanhas ainda não impactada pela mineração, abriga o maior volume de águas subterrâneas da região, que brotam em mais de mil nascentes, formando córregos, cachoeiras e ribeirões que alimentam as bacias dos rios das Velhas e Piracicaba.

O parque e o seu entorno são cruciais para o abastecimento de milhões de pessoas na Região Metropolitana de Belo Horizonte. Também no Gandarela se localiza a segunda maior faixa contínua da Mata Atlântica primária, com fauna e flora em extinção, e mais de cem cavernas, incluindo pelo menos uma paleotoca, escavada por animais gigantes extintos.

Mesmo tão importante, o Parna da Serra do Gandarela pode ser impactado pelo projeto Apolo, da mineradora Vale, um gigantesco empreendimento que prevê uma cava de sete quilômetros e muitas estruturas associadas logo ao lado dos limites da unidade de conservação. O licenciamento ambiental do empreendimento tramita atualmente na Secretaria de Estado do Meio Ambiente (Semad), e audiências públicas referentes ao processo foram realizadas recentemente em Santa Bárbara e Caeté.

A deputada Bella Gonçalves destaca que o parque é recente e ainda precisa avançar na implementação de sua zona de amortecimento e em todas as diretrizes de conservação e visitação. “Vira e mexe o parque é ameaçado por mineradora. Queremos que ele permaneça vivo, porque é fundamental para garantir a segurança hídrica da RMBH”.

Ambientalistas, especialistas, representantes da sociedade civil, gestores do parque e representantes dos órgãos ambientais federais irão compor a mesa de discussão.

A ALMG fica na rua Rodrigues Caldas, 30, no bairro Santo Agostinho, em Belo Horizonte.

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