Seca em 2015 pode ser pior em Minas

07/01/2015

A previsão é que com a pouca precipitação para o 1º trimestre e a maioria dos reservatórios com volume abaixo de 50%, o cenário amplie o risco de seca para 2015.

A seca deste ano pode ser piro que a de 2014, é o que
revela o alerta emitido no fim de dezembro pelo INPE. Segundo ele, o déficit de
chuvas de dezembro no Norte de São Paulo, Centro-Sul de Minas Gerais e Rio de
Janeiro se somou a anomalias do clima que impediram precipitações em outubro e
novembro, gerando uma estação chuvosa mais fraca em seu início, para o Sudeste
do país.

Diante desta realidade, o instituto, que monitora
os satélites meteorológicos nacionais e detém os bancos de dados desse setor,
fez recomendação preocupante sobre racionamento e esclareceu que a situação ela
qual passou o país em 2014 requer maiores cuidados aos tomadores de decisão,
principalmente em função das condições de baixa umidade do solo após longo
período de estiagem e seca na Região Sudeste.

Para os especialistas, com as poucas precipitações
previstas para dezembro e com a projeção de que o primeiro trimestre, que é o
mais chuvoso do ano, seja de chuvas insuficientes, instituições e a Defesa
Civil estão em alerta. O Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE)
recomenda cautela em cidades de todo o estado, como aquelas que sofrerão com a
redução do volume do Rio São Francisco devido ao grande risco de
desabastecimento.

Para o Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio das
Velhas, a situação é preocupante e pouco tem sido feito para evitar as consequências
causadas pela seca. “O baixo nível das águas do Rio das Velhas e São Francisco demonstram
a gravidade da situação no país. O resultado são recargas de lençóis subterrâneos
comprometidos. É necessário que medidas sejam tomadas urgentemente e que os
governos orientem a população a tomar medidas de cautela no uso da água”.

Chuvas

De acordo com os meteorologistas, ainda não há
previsão de chuvas em quantidades significativas. Segundo eles, grande parte do
país está sob influência de uma massa de ar seco que impede a chegada de
frentes frias que são necessárias para provocar chuvas. Com isso, os próximos
dias devem ser de calor intenso e pouca umidade. 

 

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