12/09/2014
Durante vistoria coordenador do Projeto, Marcus Vinícius Polignano, demonstrou preocupação com a situação e cobrou providências das autoridades.
O
presidente do CBH Velhas, Marcus Vinícius Polignano, vistoriou nesta quinta-feira
(11), os rios e córregos em Itabirito, Região Central do estado, a 55
quilômetros de Belo Horizonte, onde aconteceu o rompimento da barragem B1 da
Herculano Mineradora que matou dois trabalhadores.
A
situação preocupou o presidente Polignano que esteve com autoridades civis,
militares e representantes da empresa durante a visita. O rompimento da
barragem já contaminou os ribeirões do Silva e do Eixo ou Mata-porcos,
afluentes do Rio Itabirito, que por sua vez deságua no Rio das Velhas, onde é
feita a captação de água para parte de Belo Horizonte. “O quadro pode se
agravar, comprometendo o abastecimento na capital e municípios da região
metropolitana”, alertou.
A
preocupação agora é com a barragem B3 que também corre o risco de se romper, segundo
o coordenador das Promotorias de Meio Ambiente de Minas Gerais, Carlos Eduardo
Ferreira Pinto. Para ele, a situação é de alerta total e, se o fato se
confirmar, as conseqüências serão maiores para o Rio das Velhas.
Vistoria na região
Durante
toda à tarde desta quinta-feira (11), o presidente do Comitê da Bacia
Hidrográfica do Rio das Velhas, Marcus Vinícius Polignano, acompanhado de uma
equipe técnica esteve no local e na mineradora, quando falou com os diretores
sobre a necessidade de reparar o mais rápido possível os danos, para conter o
avanço do processo de degradação. A preocupação do presidente é que ao chegar
ao Rio das Velhas, a carga de sedimentos liberada pela barragem e que desceu
pelos ribeirões comprometa o funcionamento da estação Bela Fama, responsável
pelo abastecimento de água de 40% da população da Região Metropolitana e 60% da
capital.
Segundo
Polignano, nas averiguações, pôde-se perceber que já há grave e grande
contaminação do meio ambiente. “O Ribeirão do Silva exibe os efeitos da carga
que recebeu. As margens estão cobertas de lama, enquanto o filete de água tem
um aspecto escuro e espesso. O leito está com alta turbidez”, ressalta.
“O andamento dos trabalhos das equipes e a
situação das águas dos córregos e rios serão acompanhadas de perto pelo Comitê
da Bacia Hidrográfica do Rio das Velhas”, assegurou Polignano ao afirmar que a
vistoria e todos os dados coletados serão analisados. Um relatório também será
confeccionado para averiguação da situação e para que medidas cabíveis sejam tomadas.
Imprensa
A vistoria e as
constatações do presidente do CBH Rio das Velhas, Marcus Vinícius Polignano, foi
destaque em toda a imprensa da capital que acompanhou e reportou com
preocupação a situação dos rios e córregos já atingidos e a possível piora no
caso de
agravamento do quadro que pode comprometer o abastecimento na capital e
municípios da região metropolitana.
Audio com entrevista do coordenador Poliganao do local da vistoria:
Matéria veiculada Rede Globo: