19/02/2020
Cientistas apontam cinco crises que podem gerar trágico efeito cascata planetário; Falhas no enfrentamento ao aquecimento global, eventos climáticos extremos, perda de biodiversidade, crise de acesso à comida e à água.
A diversidade e complexidade das crises socioambientais atuais podem desencadear graves ameaças para a vida das futuras gerações da Humanidade. Esse é o principal diagnóstico e alerta do relatório “Our Future on Earth 2020“, da rede internacional de pesquisas em sustentabilidade Future Earth, divulgado no início de fevereiro.
A partir da entrevista de 222 lideranças científicas de 52 países, a organização desenvolveu uma detalhada análise das principais ameaças que os humanos enfrentam em escala mundial: Falhas no enfrentamento ao aquecimento global, eventos climáticos extremos, perda de biodiversidade, crise de acesso à comida e à água.
Se separados já seriam problemáticos, a simultaneidade desses desafios os torna ainda mais dramáticos e devastadores. De acordo com o documento, pensar nessas crises de forma isolada dificulta a real compreensão das consequências. Na verdade, o relatório argumenta que a coexistência de tantas emergências pode desencadear um “colapso sistêmico global”. A ação conjunta entre diversos governos, população civil e setores da sociedade é apontada com a única articulação que poderia ser suficientemente eficaz.
Lado positivo
Por outro lado, a pesquisa aponta também as potencialidades da humanidade no momento. Tecnologias capazes de reduzir emissão de poluentes durante a construção, transporte e produção industrial são alguns bons exemplos. Além da potencialidade, com uso das tecnologias, do empoderamento das populações no monitoramento de seus próprios ecossistemas. Ainda assim, o relatório não deixa de apontar os desafios em relação à destinação dos resíduos gerados pelo próprio setor de tecnologia.
Impossível de negar
De acordo o doutor em demografia, José Eustáquio Diniz Alves, em artigo para o portal EcoDebate, “os sinais da interferência humana sobre as condições naturais do Planeta já são percebidos o tempo todo e em todos os lugares”. Em março de 2018, um vídeo apresentando o derretimento das geleiras do polo norte entre 1984 e 2016 se espalhou pela internet.
O clipe foi produzido pela divisão atenta à mudança climática da agência espacial dos Estados Unidos (NASA Climate Change). A visualização é um timelapse acelerado que representa a mudança da proporção entre “gelo jovem” (que se solidifica e tende a se liquefazer ao longo do ano) e “gelo mais velho”.
Com informações do The Conversation e EcoDebate.
Imagem: Reprodução/Youtube/NASA