Tecnologia criada na UFMG possibilita previsão de incêndiosProjeto Manuelzão

Tecnologia criada na UFMG possibilita previsão de incêndios

25/09/2020

Modelo desenvolvido pelo Centro de Sensoriamento Remoto é capaz de estimar quando, onde e com que intensidade o fogo vai se espalhar

Comparação da área queimada, vista por satélite, do Parque da Serra da Canastra com a área prevista pelo modelo de Comparação da área queimada, vista por satélite, do Parque da Serra da Canastra com a área prevista pelo modelo de espalhamento do fogo

Por meio de equações que descrevem o comportamento do fogo sob várias condições e de estimativas geradas com base em dados de satélite, pesquisadores do Centro de Sensoriamento Remoto (CSR), do Instituto de Geociências (IGC) da UFMG, desenvolveram um modelo capaz de visualizar as áreas com maior risco de incêndio. Além disso, o sistema permite prever a intensidade e a direção de propagação do fogo no cerrado brasileiro.

Criado no âmbito do projeto FIP Monitoramento do Cerrado, do CSR, o projeto foi desdobrado em versões específicas para os parques da Canastra e da Serra do Cipó, em Minas Gerais, e da Chapada dos Veadeiros, em Goiás.

“A ferramenta já é utilizada para orientar a escolha de locais para se fazer aceiros negros, ou seja, áreas queimadas previamente para bloquear o avanço do fogo, protegendo, assim, as áreas de matas ou de cerrado fechado”, explica o professor Ubirajara Oliveira, do IGC da UFMG, um dos pesquisadores do CSR.

Variáveis do fogo
Estudos científicos que descrevem o comportamento do fogo em relação ao vento, combustível, umidade e declividade fundamentaram a tecnologia. Esses dados, aliados a estimativas de biomassa seca – combustível do fogo – e umidade da vegetação, estabelecidas com base em imagens de satélite, tornam possível calcular, a partir do local de início do fogo, se ele irá se espalhar, para qual direção, com que velocidade e intensidade, e até mesmo quando ele se extinguirá.

A tecnologia incorpora focos de incêndio detectados pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) Queimadas e publica diariamente previsões atualizadas para todo o cerrado. A pesquisa é coordenada pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI), com participação do Inpe.

Com informações da UFMG.

Página Inicial

Voltar