Vai-se o fogo, ficam as cinzas

21/12/2011

Após as queimadas durante o período seco, Parque do Rola Moça agora sofre com erosões por causa da chuva

As chuvas que estão acontecendo na capital mineira
afastaram a preocupação com as queimadas, típicas do período seco. Mas a
degradação causada pelos incêndios que atingiram grande parte da
vegetação do Parque Estadual da Serra do Rola Moça este ano não
desapareceu. Apesar das gramíneas que brotaram na área queimada, o
Parque ainda não se recuperou. Pelo contrário, nas várias áreas
inclinadas que perderam sua vegetação, a chuva está gerando graves
erosões. O sedimento resultante do processo vai parar nos cursos d’água
do entorno, alterando a qualidade da água e assoreando seus leitos. 

A Associação Mineira de Defesa do Ambiente iniciou o
processo de recuperação da chamada Várzea da Caveira, onde nasce o
Córrego do Barreiro, afluente do Ribeirão Arrudas. Serão plantados 15
hectares com espécies que desapareceram pela ação do fogo, através do
projeto de compensação ambiental de uma empresa mineradora.  Já nas
áreas íngremes, a intervenção é mais complexa e onerosa, em função das
características do solo. Nestes locais, a regeneração acontece por
processos naturais que são lentos e podem ser ainda mais demorados se
ocorrerem novas queimadas. 

Os danos causados pelos incêndios refletem-se também
na fauna do Parque, cuja sobrevivência está ligada à cobertura vegetal.
A perda de pássaros, por exemplo, possui grande impacto, uma vez que as
aves desempenham importante papel na recuperação de ambientes naturais.

Fonte: Amda

Página Inicial

Voltar