Vale a pena

30/11/2011

Parque Nossa Senhora da Piedade mostra que é possível o convívio entre comunidade e cursos d’água em leito natural



Córrego Nossa Senhora da Piedade revitalizado. (Foto: Larissa Flores)

No último
sábado, dia 26, o Projeto Manuelzão e moradores da Regional Norte se
encontraram no Parque Nossa Senhora da Piedade para comemorar o resultado do
esforço em prol da revitalização. O coordenador do Projeto Manuelzão, Marcus
Vinicius Polignano, e a coordenadora do subcomitê do Onça, Majô
Zeferino, inauguraram
uma placa em homenagem à comunidade, que lutou pela revitalização
do córrego
Nossa Senhora da Piedade e sua permanência em leito natural.

A chuva impediu que
fosse realizada a trilha ecológica que estava prevista, no entanto não atrapalhou
o andamento do Seminário Água e Cultura, que reuniu cerca de 40 pessoas. Na
conversa, Majô, que também é integrante do Núcleo Manuelzão
Nossa Senhora da Piedade,
relembrou a história da construção do Parque e das dificuldades de sensibilizar os
moradores para o apoio à manutenção do córrego em leito natural.
Ela ressaltou que, antes de
iniciar a mobilização pelo córrego, não percebia o absurdo de ter que pagar para jogarem
seu esgoto no leito do curso d’água.

Durante o Seminário,
integrantes de outros Núcleos e demais participantes compartilharam
experiências de suas regiões e discutiram sobre a necessidade de fortalecer a
mobilização. Apresentações do Teatro Manuelzão e as músicas
cantadas por integrantes do Projeto
Arte da Saúde “Atelier da Cidadania” deram leveza ao debate. Para o professor de
música do grupo, Moacir Januário Silva, o ambiente do Parque é um aliado no ensino da
arte para as crianças e adolescentes.

A comunidade conquistou
em 2008 a construção do Parque. Ele possui uma área aproximada de 59
mil metros quadrados e passou a ser referência em educação ambiental na Regional
Norte, devido ao Centro de Educação Ambiental (CEA-Norte). O Parque
abriga as nascentes do córrego Nossa Senhora da Piedade, que está
inserido na bacia do Ribeirão do Onça. Para Polignano a homenagem é
uma forma de reconhecer o trabalho das pessoas. “O Parque é uma
prova de que quando a sociedade quer, luta e o Estado ajuda, a gente
consegue”, pontuou.

 

 


Apresentações teatrais e musicais deram dinamicidade ao Seminário. (Foto: Larissa Flores)

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