25/11/2016
O objetivo é proporcionar aos alunos conhecimento de como se desenvolve uma pesquisa científica e a importância da participação de todos na preservação dos recursos naturais.
O Projeto
Manuelzão, em parceria com UFMG e outras entidades, promove, desde 2015, o
projeto “Biomonitoramento e Monitoramento Ambiental Participativo na Bacia do
Rio das Velhas”, executando um trabalho de educação ambiental em mais de 10
escolas da região metropolitana de Belo Horizonte.
As escolas
atendidas participam do “Monitoramento Ambiental Participativo” (MAP) e contam
com diversos tipos de oficinas e atividades, focadas nas bacias hidrográficas e
no biomonitoramento. “Todas as escolas envolvidas desenvolveram um trabalho de
monitoramento de qualidade de água, cada uma no córrego próximo a sua instituição”,
contou a bióloga e idealizadora do projeto, Juliana França.
Com esse intuito,
foi realizado, no dia 22, no prédio de Ciências Biológicas da UFMG, o II
Workshop Monitoramento Participativo de Bacias Hidrográficas. A programação
teve início às 8 horas da manhã e se estendeu até as 17 horas, com palestras,
divulgação de trabalhos e manifestações artísticas das escolas participantes.
O objetivo
principal do programa é proporcionar aos alunos conhecimento prático do que é e
como se desenvolve uma pesquisa científica e a importância da participação de
todos na preservação dos recursos naturais. Higor Lourenço, estudante da Escola
Estadual Maria Carolina Campos, contou que, após o início do projeto, ele e
seus colegas realizaram a campanha “Sala Limpa”, que visou à preservação e a
limpeza do ambiente escolar. “O comprometimento que fizemos em deixar a escola
limpa nos incentivou a fazer o mesmo dentro de casa, nas ruas, nos parques.
Tivemos uma união de forças”, afirmou o estudante.
Escolas nos
arredores do Ribeirão do Onça também fizeram parte do MAP, uma vez que,
juntamente ao Ribeirão Arrudas, esses, são os maiores responsáveis pela
poluição do Rio das Velhas. A Escola Estadual Bolivar Tinoco Mineiro, situada
no bairro Ribeiro de Abreu, em Belo Horizonte, esteve presente no Workshop e
apresentou seu trabalho. Os estudos dos
alunos mostraram a alta contaminação e a grande presença de esgoto doméstico
nas águas.
“Projetos de
educação ambiental são de extrema importância para a divulgação da informação e
uma possível mudança de hábitos que podem – e devem – ser levados para fora da
escola”, afirmou a professora de biologia, Daniela Cordeiro ao ressaltar que não
há saneamento básico no bairro onde está localizada a escola, o que reforça a
relevância do projeto.
Workshop
O II Workshop Monitoramento
Participativo de Bacias Hidrográficas contou com a presença de 11 escolas do
ensino médio. O intuito do seminário foi demonstrar aos estudantes como seria a
exposição de um trabalho científico. “O Workshop seria a publicação da pesquisa
dos alunos em forma de banner, que se equivaleria, na realidade, a um Congresso”,
revela Juliana.
Cada escola
preparou números musicais, teatrais e de dança que se relacionavam à temática
do projeto. A estudante, Beatriz Yasmin, da Escola Geraldina Ana Gomes, deseja
cursar arquitetura. Durante o evento, contou que o projeto a ajudou a perceber
que é possível juntar suas duas paixões: natureza e arquitetura. “Na
arquitetura quero colocar a mão na massa e fazer projetos que possam ajudar o
meio ambiente. O MAP me tornou uma multiplicadora de conhecimento e me fez trazer
todos da minha comunidade para essa mobilização ambiental, porque nossa casa é
o planeta terra”.